Era uma vez o ser Humano – perdido e encontrado por anúncios
de T.V, por ligações em rede e as suas respectivas manifestações que ninguém
crê…
Passar o tempo, deixar o tempo passar, fazer do tempo
fundamento para a vida pagar…
Ou transformar a vida em tempo – tempo em vida para se
celebrar…
Pequenas coisas que a própria história se esqueceu de apagar…
ou lembrar…
Que o tempo que se sente por dentro é o tempo real, e o
tempo a pagamento, o tempo de estrelas e feitos concretos – é o da ilusão em
geral…
As agulhas pautam o tempo de quem as fez, gerou, ou
simplesmente encontrou – algures entre o mar…
O tempo presente mexe com a gente – certamente – e que tempo
temos que seja – verdadeiro e original?...
Temos o tempo a multiplicar – um método e uma mesma forma de
ser e estar….
Temos os média a comunicar a verdadeira forma de ser e estar…
Temos o protocolo do passo pautado para pautar – controlar –
definir circunscrever e orientar – o que a própria vida exprime e que late por
dentro no seu latir sem par…
No fundo algo se passa nesta ilusão geral… que as notas da
melodia – levam pouco a pouco à sintonia…. Enquanto que aquelas por sua
natureza sustidas – tendem a se esvair devagar….
Entre a natureza das rimas e a sua fonte original…
Entre a natureza da vida e da gente – Humanamente contida –
existe uma distância abismal..
A distância que se não mede ou recria – a distância que é
parte do dia – e que se cruza sem sequer pensar…
Estes dígitos que teclo servem para circunscrever o ser
maior que se quer mostrar… o ser maior que É – além da pauta estabelecida para
assim demonstrar – que a ciência certa é exacta e não apenas um subproduto a
alterar- os passos que a vida determina por sua própria natureza original…
Entre as verdades vazias que se escrevem todos os dias e
aquelas que se podem fazer ecoar – permeiam-se gentes e verdades meias.. e
entre elas – os sonhos que nos calhou a nós – viver… ou deixar ir… devagar..
bem devagar…
No fundo – entre o mundo e aquilo que ainda temos a
encontrar – existirá algo bem mais profundo do que apenas ser e deixar andar…
Ou ser e estar – a pensar – que entrelaçar notas, e rimas e
mais vaias perdidas é uma forma de amar….
Que se transforma e liberta – em notas escritas em ciência certa..
feitas páginas – ecos – de estrelas – suas luzes – tão belas.. neste “lugar” - a existir - sob forma e capacidade de se entregar…
À voz além da voz.. ou como fazer caminho – sendo humano e
pequenino… sustendo a luz que – maior – nos faz avançar…
São pequenas coisas que nos fazem brilhar… recordar..
evocar… a raiz e origem que nos traz a este “lugar”…
Vale de reflexos… espelhos belos que traduzem – como
pequenas parcelas… o resto que ainda há para ver, sentir e vivenciar…
São gentes que se espera encontrar… são sintonias vivas que
se possam entrelaçar… são as melodias quepor dentro- nos convidam – a por fora
– assim as manifestar…
São os ventos mais além… doque estar aquém do eu se sente
ser, do que se sabe conter… o que palpita no interior… o que temos e sonhamos
para este mundo melhor…
Seja uma certa devoção.. sejauma certa dedicação.. seja um
certo caminho por opção… seja uma certa forma de andar… e de gentes para assim
partilhar… sejam pessoas que creiam – que estamos aqui para crescer… para
renascer… para redescobrir o que – antes – pautamos esquecer…
Seja para reviver – de forma viva, desperta… anima amiga…
com a realidade nela contida… e o mundo – em perspectiva – uma mesma dança, uma
mesma sintonia – amais não separadas… mais não opostas… complementadas… pelo
que por dentro nos fazer ser um…. Pelo coração vivo que – sendo – não é nenhum…
Algo novo está a suceder… lentas… as sementes da vida – como
novas chamas – começam a arder.. a se ver…
Os dons pairam no ar… como uma névoa intempestiva que ameaça
se soltar…. Os novelos dessa algo… a tapeçaria que se entrevê… revela pouco a
pouco a vida e a magia que assim há de ser….
Entre o mundo livre – que se leva – humilde – por ser tão
simples… e sublime – que quase não se vê… e aquele que estridente – ressoa à
nossa frente.. .ainda há espaço, fosso de vida ou abraço – opção a escolher…
Tudo pode acontecer…
Que a vida pare… o seu latir constante… e se deixe
esmorecer… deixando o ruído de parte… para depois renascer…
Que o ruído seja a nova forma de brio… sem mais ninguém para
se aperceber… que entre o ruído, o medo e o frio… sentimos a falta do que nos
motivou a aparecer….
E entre as opções turvas… de mentes diurnas… existem os
sonhos oníricos ainda por descobrir e ser…
São histórias antigas, antigas melodias… que nos animam a
esquecer… para – quando chegar o sai – assim fazer valer…