"Faz o que quiseres" - Gangantua e Pantagruel
Forma de vida entregue…
vida que se transcreve…
num
fluir…
num rio
de mãos
que hão de vir…
Seres
Irmãos
A confluir..
Água viva
que se mostra
esguia
num princípio
sem se ver
sem se saber
ou sentir
pequeno riacho
escorrendo
monte abaixo
num qualquer lugar
a surgir
E se soma
e segue
rio
que converge
para um grande Amar
transparece
a lembrança
interior
Maior
ou
Menor
em nós
a despertar...
se soma…
e segue…
como uma dança… num
circulo de gente feita criança
Circulo de amor
de vida
virtude
louvor
circulo simples
humilde
que acontece
acontecia
num mundo
e época anterior
Circulo de espr’ança…
na que as gentes livres…
os sorrisos de seres
grandes
feitos pequeninos
– cristalinos suaves
humildes –
se encontravam…
braços que se entrelaçavam…
rodas vivas…
guirnaldas
de reis
e rainhas entre lírios…
Plantadas....
ou as flores simples
nas cabeças iluminadas
por dentro assim notadas
– por
fora
sem serem vistas –
ignoradas
Discretas … de peito aberto –
e no sacro lugar do seu
sentir -
o mundo inteiro descoberto
– sentimento maior assim liberto –
em círculo se manifestando –
cada vez mais lento...
se celebrando...
cada vez
mais rápido – mais intenso…
quase se alcançando
e assim, cada vez mais perto
– do lento e suave fundamento
–
se entregando...
a esse algo
que – desde dentro –
já mais se pode apagar…
e ir
depois – despertando…
sorrindo… olhando
– a luz se esvair devagar…
e dar lugar
ao dia.. entre o dia
a nos convidar
a estar despertos
atentas
atentos
A esse fulgor
de amar
a esse algo maior
por fora
a nos olhar...
quem assim segue
… procurando –
onde se
encontrará –
o próximo laivo de luz viva
se manifestando
Espelhos que replicam
como sinos que explicam
um canto
sem canto
uma nova voz
em esperanto...
a fagulha da ave em peito
feita
cinza – de novo – despertando…
Descobrir o que implica a frase lapidar - levou uma criança aperder-se entre um mundo imaginado que parecia real... e depois voltar - das mãos de um amigo interior - erenascr - pelo amor que os fazia ser um sem se notar...
