quinta-feira, 17 de julho de 2014

O ultimo será o primeiro - de muitos a regressar - não um - milhares - de luzes a prender devagar





E como se faziam rodar
E como circulavam em volta
Da luz maior
Para a velar
E que assim as candeias se acendam
Ali onde há memória a evocar
O que as luzes livres
E vivas
Possam assim de novo despertar

E que as escondidas
Se possam assim manifestar
Pelo torrente de luz
Presente viva em mim
E em ti
Para nos libertar

E deixar entrar esse rei
Que não tem cara nem lei
Nem trono real onde sentar
Nem lugar onde poder reinar

E que entre
por entre
quem assim festejar
quem assim portar

Quem assim descobrir
Essa alegria a subir
Por simples deleite a mostrar

Seja de novo
Como um menino a rir
Seja uma menina a seguir

Seja um adulto aprender
O que aqui veio esquecer

Seja um idoso criança a voltar
 a ser o forte que volta a casa
Devagar, sem mais vacilar

Seja a força que ergue depois de tombar
Seja a força do riso que por dentro
to pode mostrar queimando o tanto
Que ainda tinhas como peso a arrastar

Mostrando assim o quanto mais
ainda tens de ti para mim para dar

Sejam abraços que puderes inventar
Estes os jogos que possas tu partilhar
Sejam as vias amigas as que puderes doar
Sejam as vias esquecidas,
tão óbvias como esquecidas
As que podes tu hoje aprender devagar

E assim o sabendo – assim as sigas
para que se possam assim restaurar

E nesta zona antiga
Sejamos de novo o povo
Que éramos antes de as olvidar

Antes que os rios de aguas frias
Apagassem a luz quente amiga
A que vai a nossa frente e ilumina
E nos faz iguais no caminhar

sejamos uns e outros
de novo reunidos
À volta de um invisível altar
De novo investidos

Dessa luz no nosso olhar
Reconhecidos, nessa luz a nos lavar
Assim – por sempre “amigos”…

E que sejam as pedras consagradas
As árvores escondidas, linhas esvaídas
de novo encontradas, guardadas

E as crianças assim reencontradas
De entre o lume novo levantadas

De entre o nevoeiro trazidas
E a que vem do mar primeiro
Assim nos lembre a nossa sina

Assim se tragam
Aqueles
Aquelas

as que essa luz faça de novo embarcar
Na barca, na roda da vida
E por bem – as faça de novo vogar…

E sem olhar a quem
possam de novo
entre nós estar

E com o seu bem saber, bem querer
Tempos novos assim fundar,
Esvaindo de entre os tempos, as sombras
Que nos faziam duvidar:

Da vida
Da alegria
Da essência festiva
que se faça de novo notar

E que todos
e todas
possam assim
Enfim
Partilhar

E que os túmulos vivos
buracos de degredo erguidos
ainda que caiados de branco
Esquecidos ou reconhecidos

Sejam abertos de par em par

para que esta Nova Aragem
E esta nova Água de Amar

Entrem, libertem e lavem
Todo a conjura que ali
se pudesse encontrar

Para que como crianças
Livres, possamos assim partilhar
Essa alegria –a mais fina

De não querer sobre outrem mandar

Alegria de encontrar amigos e amigas
Em todo e qualquer lugar

olhando assim quem o diga
– e assim poder apoiar

E se se erguer uma sombra
Neste ou naquele outro lugar
 que as luzes de vida, das nossas vidas
reunidas, munidas  da gargalhada amiga
criança que abraçavas  de novo em ti sustida

Possam esvair as dúvidas, o medo
A falta de perspectivas
E possam contigo de novo contar

Força amena, intempestiva
Que limpa como quem se liga
Ao coração da vida
Por dentro de nós a nos apoiar
Por dentro de nós a ecoar
Por dentro e por fora
Assim a reverberar

Gentes assim presentes, candentes
Como fogos vivos sem se queimar
Gentes viventes além das mentes
Gentes de amor puro a se mostrar…

enquanto o dia ta mostrava
 tua própria  amada
noutros olhos assim reflectida
assim sustida
assim protegida
como deixas assim tua vida
ser entregue
esvaida
vilipendiada
vendida
desencontrada
e rasgada
perante  a perspectiva
de poder ser
de novo
resgatada?

E a tua criança interior
Por amor
E louvor
Trará aluz maior
 Para unir devagar

À coragem encontrada
Até aqui
Neste teu caminhar

E o resto são as promessas
Em mim e em ti a concretizar
sejam essas as que não esqueças
De realizar

E assim – faças
Entre quem assim quiser avançar
E avances ti entre esses que assim
poderão continuar…

Coisas simples
Simples por demais
Entre tanto entramado
Que pudeste assim
Idealizar coisas simples,
como o próprio coração
te pode contar
como a aragem e o vento

Desde sempre
Em qualquer momento
Te têm estado a evocar

E se duvidar é o método
apagar é solucionar
É confiar pode ser de novo
O caminho novo a se deixar mostrar

E se as contas não saírem
 – e sair nunca mais;

Deixa que o teu Ser
faça as contas
e avançar – avançareis

Sendo gentes humildes
De novo
Sereis réis…









Textos brutos - despertares de árvores nos natais, quando estes forem se dar... em qualquer lugar especial pleno gentes da mesma condição

Recordar – lentamente





Os passos antigos neste nosso novo Presente

Ir despertando para realidade de tudo o que fica nesse etéreo guardado – esperando, como um fino fado – cantar sua verdade…

Castelos e anciões, prisões abertas e grilhões que quebras com a tua interior visão..
Uma nova forma de ser em colaboração – entrelaçar histórias vivas numa maior dimensão festiva…
Avançar de volta o lar – sabendo que chegaremos – consciente se não plenos – das opções e dos caminho a tomar…

Eramos do todo tudo, gotas parcelas – que se reúnem – nesse ar a pairar
Entre as ondas da vida – assim a embalar… a abraçar

Como bruma que se espraia e se mistura com o ar a respirar
Que somos nos outra vez
Ainda  que ainda o não vês..

Essa bruma que se ilumina e se tem em de-rredor e que mostra a tua sina – de der Ser Maior…

Que transcende o que lhe desmente – não haver mais por onde ir
Além dos caminho válidos, baços, gastos – dos dia a dia,  sem haver como subir

Sorriso puro que se acende – em qualquer momento que a mente mais não desmente ser canal de interacção
Ser dessa vida maior o portão – e se deixa assim permear – pela vida inteira que nos atravessa – vida que somos sem mais duvidar

E dançamos
Entre a rocha e o mar… e o mar somos e o mar nos vai ensinar

E dançamos sobre o monte especial, sentido a vida de fronte, rem redor – em todo o lugar..
E dançamos  entre as flores pairamos –e entre aluz do luar encontramos nossa afabilidade a se mostrar – como asas de luz leitosa – branca e semi –porosa… que paira em redor devagar
E olhando na distância – nesse azul que despede o dia no sol por que prometia tantas coisa s que ainda – se não conseguiu concretizar
Vês a luz reflectida, nos montes e vales – a tua mesma luz de vida – palpitando ao som de algo maior que diga – o quanto és, deste nosso lar prometido e o quanto essa aspiração, essa dedicação – te pode ainda chegar amostrar:
De ti, dos outros sido tal mundo que vieste habitar – preencher com teias sonhos e assomar um pouco dessa luz nova a chegar e ensinar outros, aprender com outros – partpos conjuntos entre seres a já cá estar;
O lento e suave regressar…

Integrando pontos brancos ao longo do caminhar – pequenas setas de luz que mostram esse algo no que se aposta – ao que se dá o ser de par em par – e quando se abre e se entrega – apar se transformar – para se deixar permear – essa brisa amiga, essa vida que convida – vida e brisa é em ti – sem mais….
E consciência se esvai – sem que a tua presença se deixa de lá estar- contemplando, sendo parte, desse algo – que ´´e jardim original – se mostrando – pouco a pouco se elevando –a té nos levar – de novo – a lá entra…

Há caminho, há ninho de onde se partiu – como consciência plena neste mundo que a assumir
Há caminho para entrelaçar a luz da consciência e o mundo por ela a transformar

Água pura que resvala

Na sólida e diga pedra – pela vertente vão
Cantam – enquanto chegam – ao rio que as leva .- de volta ao coração
Do amar – e do eterno Amar – caminhos e passadas em si a ecoar…
Seja a forma imensa da rocha sobre o mar, sejam as vagas entre a rocha a cantar e encantar – seja a reia – rocha branda – que suspira e acalma em cada vaga que a vem acariciar…
Sejam as gaivotas que brincam e pairam – entre as vagas que parecem ameaçar
E a tua consciência se se entrelaça – ser adulto, idoso – criança – ser Maior no seu despertar – de sentir a vida que é vida – em ti incontida – nós assim a nos desatar…
E fazer a dança rodar – entre tantos lugares onde possas assim vivenciar – esse algo que te eleva ao teu estádio original – por métodos simples – e definidos – entre lugares ainda vazios da nossa vida para os fazer reais…
Perdidos, desguarnecidos – ou mesmo – lugares amigos – guardados por quem já sabe, por quem espera receber os mais – os que despertam, os que vão despertando, os chamados pouco a pouco sem sobressalto – para esse “nosso lugar”…
Pequenos lugares, pequenos cantares – entre as vozes de anjos estares, luzes que se entrelaçam no círculo de iguais… já não mais luzes de seres sensíveis ou de seres firmes – luzes sem mais… e dançar e ecoar – e entre apedra, a árvore, a gáua e algo mais – celebrar – como desde outrora e desde sempre antes assim ousamos nós estar…
E chegar – lentamente – e convergir – de repente – sem o notar… até que todo juntos sejamos semente do mundo novo – nosso – a despertar e partilhar…
De momento uns poucos abrindo caminho por entre este mar de ondas bravias, de algumas intempestivas reactividades a pretender entravar – são os medos do cristalizar, de anos e anos de repetir a mesma passada que nos leva ao mesmo lugar…

E agora um novo ritmo, uma cadência recuperada – uma essência em todos nós guardad – cada qual procurando o seu respectivo lugar;

Para tocar hinos novos, para ser parte de algo que é de todos – como encaixar as sementes de vida quês tão – hoje em dia – cada vez mais a se mostrar?
Talvez em pequenos lugares de periferia, onde possam ser ligados sem maior medo de ficarem assim desconectados da vida que por entre eles se lhes está a passar…
Talvez a um ritmo suave… devagar… sustentado para dar tempo a que o que é lacrado – solidamente venha do novo doar o seu ser e fundamento uma nova via a nascer entre os que escolheram o dia de começar a rumar – rumo ao centro, rumo ao fundamento – que dentro algo se dignou a em nós gravar…

Cada aluno procura um espelho, um ser vero que mostre ser conselho para assim se poder revelar – o “pequeno mestre” latente, desde sempre presente – no ser que assim se entregar…
Depois encaminhar este ou aquela para o seu respectivo grupo a começar – que os grupos gerem as primeiras voltas de uma roda que treme – e que vibra essa luz que se oculta para quem a quer ver e se mostra – sozinha para que – entregando-se a vê sem saber…

E nos lugares de antes cresçam grupos de praticantes –que demonstrem a força e virtude do que lhes estou a descrever – que o potencial humano – é tanto – que quando não podado, restringido, limitado ou simplesmente castrado nas suas primeiras ânsias de voar, nas suas primeiras histórias do perto que vem aqui divulgar – quando orientado por quem entende ser este um caminho sagrado e as almas, as vidas, as realidades nesta assim contidas – se vão- pouco a  pouco mostrar – bem da terra para a terra – seres devida- vida em seres de luz a crescer e palpitar…

Um coração vivo de luz a iluminar – esses pórticos antigos, esses espaços velhos ainda tidos como espaços de vida nossa e cultura oficial…

Pois que se resguardem por obra de grupos que assim – já estando – os possam bem orientar – na arte da vida, nas artes de dar vida à vida- de trazer ao de cima  o seu próprio potencial
Esse que a alma anima e que – nós ainda não sabemos bem como aproveitar
Para benefício de quem dos grupos e dos alguéns que necessitam dessa vida nova – que liberto tudo o que por dentro se chora – ainda – enquanto não se puder olhar…

Por enquanto o apelo, o discreto sentido de Sê-lo – esperando que – com o tempo .- nos chame junto de quem e onde nos possam orientar, guiar, por gerar e ajudar a gerar esse amor que mais não quer – do que unir sem se impor, do que descobrir sem rasgar, do que mostrar o belo da vida e as suas tantas e sublimes perspectivas além do que se possa contar;

Encontrara via para o grande e terno amar… esse que nos ilumina desde sempre- seja em vigília, seja ao deitar, seja desde a «s névoas da consciência antes de aqui estar, seja através das nuvens para regressar e assim se integrar…

Seja no circulo menor – nesse que nasce agora – de descobrir o potencial maior – em senhor ou senhora…
E procurar –pouco a pouco partilhar – sem se impor – devagar

Como artista – oleiro – que dá água ao barro derradeiro e assim o convida a se modelar…
Como quem admira um apequena árvore e lhe de si o melhor…

Como um pequeno grupo, que cresce sentindo parte de algo que cresce – crescimento interior, verdadeiro e sempre sempre melhor…

Com o tempo – além do tempo – os grupos hão de se encontrar – pequenos eventos para os primos e primas reconhecerem a essência que anima outros grupos a assim poder demonstrar- de forma discreta – para que entenda quem já está a caminho da meta – os quantos irmãos existem para acompanhar – e que os ecos das passadas – chegam sempre – acompassadas – nessa nossa harmonia anunciadas – aonde têm em fim que chegar…

Fica o apelo



Do segredo a vozes para quem sente no peito uma nova luz a latejar e vê e sente, e experimenta além do que lhe tinham chegado a contar.

Para quem não entender o que se diz – sabemos que são muitas folhas que nada de novo apresentam – talvez um dia . seja assim o próprio ou a própria a desenvolver e dinamizar esta ideia – o mundo é constante interacção – a planta que cuido me cuida – junto somos e geramos novas perspectivas… ela se habitua a me entregar as flores dia – já cansadas  para que eu as possa retirar – e dá flores todos os dias, - Vida – a “minha” bonsai – sendo tanto eu  dela como ela de mim – livre a quero -  para que expresse o mais do segredo, de Vida que não tem confim….

Interagir, reverberar – a virtude que por dentro – está dia a dia a despertar…

Estar atenta, atento – às curvas que nos poderão dar –alguns que – já tendo estado em fundamento – por qualquer motivo decidiram parar…


Não se deixar levar pelos que procuram esse mesmo parar em quem tem sede da vida e tem forma para avançar- pois esses que ainda não querem- têm a sua própria forma e força e lugar – esperando a quem se atreva – para um dia  - os poder libertar –mostrar sinal, e vida nova e mudar… depois se verá se perseguem esse seu perseverar – ou se livres dos véus do medo reconhecem onde se encontra – efectivamente – a sua consciência a pairar…

terça-feira, 8 de julho de 2014

Círculos de luz onde não se encontra o que reluz




 ... a esse lugar que chega quem não teme… 

Ouve o chamamento – dos teus e do teu lugar – mais não te deixar separar  desse algo que por dentro – te vai guiar…


Parecerá estranho o caminho – como espiral a desenrolar – como pardal de volta ao ninho – como asas de luz branca de novo a levantar… e deixa que esse algo que tens em ti a palpitar – se reflicta, se junta e mais omita todo o medo ou a dúvida que ousaste ao longo do tempo juntar…


escondido
na roda
um beijo
de mão em mão
na luz
do serão esquecido
na luz que vem desde então...





E a barca dos sonhos encontrarás os rebentos – de vidas alvas – ainda em” retonho” – num fogo que chegou d’alem mar – que se espalhou como um sonho e em sonhos começa a despertar…

E os lugares eram tantos como mil fogos que ardem sem se ver – e o beijo escondido detrás da malga – passada de mão em mão – em roda de bem querer – e vai mais além do que te dita a televisão e vê essa luz alva que se anuncia – em tua e minha mão…

E deixa que essa que assim te guia – te mostre a outra visão essa de um mundo novo – brotando – suavemente sustentando – mundos novo sem teu – em meu – em nosso comum coração…