segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Segredo dos Anões Pt III








Assim - sintonia
Magia
Como lhe quiseres chamar

Algo - além da mente
Que compreende
Algo - te dá asas
E te ensina a voar
Algo clama – desde o Berço
Algo se encaminha pra despontar

Algo novo está a acontecer
Entre o ruído e nevoeiro frio
Sem que nenhum ser
esteja a ver bem
Para onde nos vai levar

Regresso ao antergo Ser
Ao oginal lugar
A como tudo deveria acontecer
Antes do erro se perpetuar…

Porquê a moratória…
para quê o desvelar
 o véu sem ser devagar?

Porque os tempos
são de histórias…
tristes e de espantar

Mentiras que roubam a vida
 que viemos aqui semear…

 – agora uma triste melancolia -
Vazia
Pretende imperar
Dominar
SE alimentar

DOS despojos rotos
Que pertencem a outros
Algo sujo e grosso
De quem já não é mais…

Assim te vais entrelaçar
Entre os ruídos do mundo
Aprenderás a dançar

A luz do Profundo
Assim vais encontrar

E mostrando tua chama ao mundo
De entre as tramas que encadeiam no fundo
te erguerás… mostrando como espelho vivo
a luz viva que viste recordar

em cada olho desperto,
em cada coração aberto
para valores de fundamento
para a coragem -  antigo sustento
para os passos que ainda hás de contar…

sementes de vida plantas
no silêncio das rimas
 e entre as linhas vagas…

germinarão um dia…
em solo fecundo despertarão

e serão luz
na caverna a iluminar.
Asas sublimes
Que o tempo exprime
Além do que podes contar

E entre os segredos
e os firmamentos

Entre os pálidos
e languidos lamentos…
encontrarás…


Persevera…
é longa e larga a espera
Mas – a – encontrarás…

A Luz Maior
Mais pura
Mais viva
Melhor
A que arde sem brida
Em cada um de nós

Esperando uma vela amiga
Para assim despertar
Um espelho de vida…

Que lembre
o que continuamente
 se está a anunciar… 

Não mais aquela  oferecida
Pelo triste e velho senhor
Vai além – encontra a a mais valia
Da tua alma viva – outrora fria

Novamente Preenchida
Pela luz interior
Essa que te alumia
Noite e dia

Maior 

além do medo ou da dor
Cadencia esquecida
Nota vibrante perdida

Entre a melodia

Do ser



E Entre as Danças... 
Um Mistério a desvendar...




sábado, 19 de outubro de 2013

O Segredo dos anões Pt II





Assim rezava a voz da Guardiã das eras 
- enquanto falava... 

Musa ouvia... 
e o seu coração se sobressaltava...
as brumas do futuro incerto se abriam... 
e de entre as névoas... 
ressurgia uma chama... 
a voz dos anões ainda se não ouvia... 
permanecia... 
velada...


A dança das eras se esvai…
entre ruídos  e  quimeras
de dentro de nós sai…
A vida que era – decai…

Quem quer o ruído do mundo
– corre um minuto num segundo…

Ganha o quinhão do absurdo
Perde de si tudo o que era real…

Quem procura o caminho original:

 vai mais fundo…
vai mais dentro…
escuta
além do mundo
e do seu lamento…

Se todas as luzes que se acendem,
nestes fogos fátuos que se aprendem…

 decaem…

Verás o pano de fundo…
além do tempo e do mundo
o verdadeiro recinto
onde te estás a encontrar


Há terra além mar…
Há o teu lugar ancestral a chamar…..

Está para ti tão perto!
Para esses “outros”
Oculto e incerto que
 – o pode ver e sentir…

viver sem te rir…

e ascender sem mais…
tão simples
como respirar

Pois é do teu nome e sangue
Do que te estou a falar…

E há o caminho do fundo…
 outro tanto que equivale ao mundo
Que não se quer render
ou do pesadelo despertar…

Entregar a chama…
queimar a grama
 que te esconde
Proclama – com voz bem clara
o lugar que é teu….

Entre os que procrastinam
E Adoram
A vida  feita incerta

Existem os que clamam
A verdade certa
Do amor que os concebeu…

Então – haverá novo mundo a parecer
Entre tu
E eu…

Vais mais fundo
Vais mais longe
Proclama a vida
Que se esconde

Entre os pilares
Que se erguem
E os destroços
Dos que se perdem

Está – já -  nova aurora a despontar

Segredo perdido no tempo
Esquecido elemento

Está prestes a dealbar…



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Musa a Dourada III - a Voz da Guardiã das eras...







“Musa – nada sabemos – a voz do GRANDE ECO se esvai em nós…
a GRANDE VOZ é apenas audível…
e é o ronco ruído desses do vale
 que se eleva com voz irascível,
que triunfa e subjuga
a própria vida em nós…

Mesclas estranhas
da nossa própria vida
com morte trazida
do outro lado do véu…

Não nos cabe a nós discernir,
quais das partes deveremos curar
 e qual deveremos deixar para sucumbir…

esse é o segredo,
do ANTEGO,
do SERENO…

da VIDA OCULTA
que SABE e se PERMUTA,
em cada sobressalto
se renova e não se imuta

e que nós -
simplesmente
não PODEREMOS
nem DEVEMOS
DEBELAR;

Guardiães da chama,
devemos seguir.

O caminho dos tempos há de fluir
e nós nele estaremos
para de novo plantar:

vida, luz, harmonia: o seu sustento
 – em todo o tempo
e em todo o lugar…


Não está em nós o veneno,
 que traz esta raça
de frio e de medo

 – não está em nós o lutar,
o poder de dominar –

são esses os inimigos
que se vencem
se se deixam
sem vida
por si mesmos
tombar

sem nos revoltar,
erguer
ou lutar:

essas são palavras
vindas de outro tempo…
de outro lugar.

Que alimentam o medo
o sofrimento
e a vil forma
de comandar

Nós somosa vida
feita forma
de si mesma vestida
para nós é o Luar

Esvair-se nas névoas...
regressar à essência...
até
esta praga incerta
a si mesma devorar...

ficara á  avida erma
ficará a terra deserta

Nós
Voltaremos,
de entre os sonhos antergos
revelaremos segredos
Voltaremos
a erguer novos templos,
Voltaremos
a modelar os fundamentos
que entre os despojos
venham a germinar

Voltaremos...
além dos tempos...
a caminhar...

Este é o templo
 – daquilo que é e será -
quando for terminado o tormento
radiante e vivo
de novo nascerá

com ele
 todo o que se mantenha íntegro,
fiel ao juramento de pertença ao que é e será

o que - no silêncio –
pelos fiéis velará

Luzes de entre o nevoeiro
povo antergo e primeiro

retornará

vida que
de novo
surgirá…

Musa – sei o que te perturba…
e vejo como te condenas

a cair entre os brados
de inimigos irados
e os festejos
dos loucos escravos
que se dizem sábios

aqueles que apenas têm em si  podridão
 – da vida que degenera,
 da falta de sentido para a sua solidão
saudade da sua morada eterna...

por serem enxertos oriundos do nada,
vinhas sem espaço na pura chama,
árvores sem raízes neste sagrado chão;


Musa:

A vida te tocou…
e late em ti novo coração…
como é dos tempos,
 e como assim foi desde grande DRAGÃO

- aquele que em todos nós gravou seu nome
e cuja chama é a luz pura da geração …

Esse cuja voz ecoou entre as altas montanhas,
 o que pousou suas asas – sobre as florestas…
 e com o seu sopro as abençoou….

o que fez o mar se erguer...
dançando entre as ondas da vida
e de vida - a terra inteira fez preencher...

Suas lágrimas - alegria
se fazem substância - viva
entre as orlas - crescem as crias...

Vida que prolífera,
paz sem fim…

A mesma VIDA
que nos anima

– a ti…
e a mim…

É o ECO de um coração sem voz…
que palpita na rocha sedente,
na água corrente,

 na árvore que se ergue
e no céu se revela

na luz quente
na luz fria
candente
a que se manifesta e esconde
– no ser de TODOS NÓS…

Foi ESSE
o que beijou as águas,
e entre elas cantou…

o que ergueu montanhas
e seu próprio sangue nelas deixou…

 para que entoem melodia devida
– corações que ecoam silêncio e em silência perspectivam
– esperando o derradeiro dia
– no que despertem como um "corpo só”…

Mas, Musa
– até lá –
será o silêncio a nos ocultar,
será o degradado a se manifestar,
será o ocaso para todo o fiel:

da vida,
da harmonia,
dos cantos dos pássaros
e da sua sintonia
aquela... a que anunciam…”





Oh Musa... como a humanidade futura entendeu mal, a guarda da chama pela espada da virtude e o escudo da coragem tendo fé em quem se é... onde se está... e para onde se vai...



ARIEL Pt I - Seimteisis








ARIEL - a do ABRAÇO UNIVERSAL

Entre os arianos
que entraram
neste mundo
e ficaram…

aguerridos e obstinados
risos obscuros menos claros
até serem por dentro revelados
os anões, antigos guardiões…

Entre o ar a porta fechada
para quem quer entrar
no  segredo sereno
do ameno azul frio
envolto em velado veludo
no sopro suspiro sustido…

E o vermelho quente
da terra candente
da porta fechada
aberta de repente
no abraço fundente
da vontade pungente

quem ?...
não abre mão…
quem?
É quem
para dar as mãos?

Quem vê na roda da vida
Além de uma mera prisão ?

A dança dos dias
entre todos vazia
e a barca que partia
Como obscura guarida
De triste ladrão?...

Ignorância…
ou ilusão?


Quem entende
 a esfera garrida
Como a aliança
Da sintonia
Com os músicos
E a melodia
E a partitura
Que escreves, entendes e estendes
Com a palma da mão?
Sonho… ou imaginação?...


Palette de cores cingida
Na que as cores segredam
Arcos de luz indivisa
Ecos de voz incisa
Que se esconde e paira
Na brisa
Se mostra
Na graça
se demonstra
No sorriso da criança
E não passa… se eleva
E paira… E pousa…
a sua asa…
No olhar do ancião
que a vida não cansa

Quem se esconde
Para quem ainda
não encontrou?

valores de vida
partilhados à partida
esbatidos… descoloridos
novamente reunidos
à volta de uma mesma canção
coros que cantam
na sua própria voz se levantam
que – em sintonia espantam
as sombras da criação
cada ser uma opção
cada raça- uma nação
cada retalho da trama
o tear da vida exclama
através de uma só oração

eis a melodia
das eras
músicas primevas
se entrelaçando
de volta à fundação

canto silente
que se eleva
do sublime
ao seu coração

as cores são uma
a mais pura
as vozes são a mesma
que o tempo descura
coro, a melodia
morada antiga
de onde parte a fonte
do rio
que se entrelaça no mar
e em brisa
de novo
se há de elevar

entre os raios de sol
no calor do rumor
entre a bruma
nova gota
se há de formar

Amarelo vivo e vibrante
para quem vê de cima
e escolheu se entregar…

Verde puro
– refinado produto –
da forte vontade
em se elevar…

Todos podem entrar
Ser
E participar

Todos no santuário
Todos guardiães deste sacrário
Todos senhores da chama a revelar

Tutelares… aprendendo
Compreendendo
Vendo
Por dentro
O que por fora
Aparente parece separar
Todos – entre a linha
Que une mais não separa
Dimensão nova
Consagrada
Além do bem e do mal


Vida que é..
E se entrelaça…
verdadeira graça
 eterna dança…
que se não pode contar

viver
entregar

perseverança
procurar

crer um dia
numa noite
a Aurora que desponte
Num luar luz a Norte
guia pristina una com forte

por dentro
desvelar
por dentro
silêncio
irmanar

em de redor
mundo a iluminar
segredos velados
mistérios guardados
 um véu de bruma
cederão lugar
a uma outra forma
de viver e amar…

 uns e outros a guardam

Síntese e união
Refinamento
No Elevado sustento

A Transformação



  1 Woe to you, Ariel, Ariel,
  the city where David settled!
  Add year to year
  and let your cycle of festivals go on.
  2 Yet I will besiege Ariel;
  she will mourn and lament,
  she will be to me like an altar hearth.[a]
  3 I will encamp against you on all sides;
  I will encircle you with towers
  and set up my siege works against you.
  4 Brought low, you will speak from the ground;
  your speech will mumble out of the dust.
  Your voice will come ghostlike from the earth;
  out of the dust your speech will whisper.
  5 But your many enemies will become like fine dust,
  the ruthless hordes like blown chaff.
  Suddenly, in an instant,
  6 the Lord Almighty will come
  with thunder and earthquake and great noise,
  with windstorm and tempest and flames of a devouring fire.
  7 Then the hordes of all the nations that fight against Ariel,
  that attack her and her fortress and besiege her,
  will be as it is with a dream,
  with a vision in the night—

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A Dança das Eras - VERMELHO - pt I







Em cada vez que a luta se acendia, um ruído interior aparecia…

Em cada combate – uma taxa se pagava
À vida… despia…
 a via… obscura ficava…
A alegria… da sintonia – se apagava…

Então…

A estrela vermelha passa…
para aqueles que incendeiam
as teias das nossas brasas…

Os problemas maiores se inflamam..
Se  alimentam os antigos senhores…
das coisas menores que esbarram…
por falta de sintonias interiores
tristes… sem rumo…se apagam…

onde poderia haver magia?

para quem vê a alegria
com boas graças

entre as coisas mais simples da vida
entre as internas melodias

no pairar da brisa
e no riso simples
dos anciões na tasca


a chama pura se revela

Entre o fogo que vem da terra
E a água fria que do alto se entrega

Alimentos  
dos elementos
Ambos
Nosso verdadeiro~

SUSTENTO e FUNDAMENTO

 Vida que se anuncia
Nessa linda e azul esfera…
Voz rubra que suspira

O dealbar de uma nova era

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Musa a Dourada... cair no ruído do mundo... deixando a via dos sonhos atrás...


No eco dos ribeiros,
dos contos de fadas
dos dias antergos
– partiram...

nada deixaram

e seguiram

pela vereda dos sonhos...

a menos transitada

essa vereda dourada

que nenhum dos reclusos
podia sequer imaginar…

conceber

...ou dominar:

como é da sua negra natureza
e da sua forma de ser
e estar…

Apenas Musa
– a Dourada –
da estirpe e linhagem
pura e sagrada,

a dos grandes e antigos
guardiães da vida e da chama

– só ela já mais...
não partirá…

No seu interior ecoa uma causa,
que seu ser modula e amansa:

que será a VIDA e a ESPERANÇA
desse mundo por despontar…

 luz da vida,
estrela
infanta
ser sem nome
que despontará…

da noite mais fria,
da escuridão mais cingida
luz pálida e cristalina…
a nova vida anunciará…

Não sabe ela o segredo,
que aninha em seu ser
com tamanho desvelo,

Não sabe ela a luz nova
que ao mundo mundo trará…

apenas a dor do parto a preenche

– neste nosso:
 seu tempo ausente –

o mundo se contorce
baixo este embate atroz
ruidos imbuídos
dentro de todos nós

gritos, urros,
dentro de seres
cegos e mudos

e a chama da vida
haverá de se apagar...

- esquecer…

e dispersar...

entre as névoas das eras....


renascer... despertar... e de novo florescer... germinar

entre os rios alvos que coroam o nosso pristino lugar..

entre as ridentes esferas
que nos preeenchem da vida nova
que se está a anunciar...

e as novas sementes
luz nascente...
 serão firmes vias
para a VIA esquecida

que de novo

de nova forma
em força
será ressurgida

virtudes
e valores
cores
em sintonia

mas esta visão
Musa a Não via...
apenas a dor
da sombra
do sangue
do suor
que retomba
no antigo templo
que lhe fora dado a zelar

“PORQUE?!?!?”…

se desvaria assim o ser antergo,
enquanto os guardiães iam cedendo,

terreno vivo
– vivo fermento –
do seu próprio ser
sendo vida e sustento
 se dissolvendo...

em bruma e em pó…

“PORQUÊ?!?!?”…