sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Corações sobre $ifrões



Estão a definir o seu humano pelo ser maquinal - pelo produtor de bens e serviços e não pelo seu SER ORIGINAL...

Estão enganados os que regem os fados dos povos a conduzir... pois conduzem seus próprios negócios com base nas gentes que lhes cabia suprir...



Confundiu-se o magister no seu mister... pois é ministro o que serve e aquele que mais dá a quem quer...

Ludibriou-se o sentido até que o sentido sumiu... ficou apenas o vazio... a dor do estio que o humano frio deixa entrevir...



O calor que aconchega, o passo ameno na fraga anterga... o sorrir para as andorinhas que acompanham netos e sobrinhas... perdeu-se na voz dos tempos e é tido como algo "mau"...

Parecem os jovens pinóquios, como os outros aqueles levados - para a feira dos rebuçados - orelhas de burro a crescer...


Temos planeamentos familiares - não tanto à medida dos pais ou dos seres - mas sim das empresas, da indústria e da velocidade: que faz de nós joglares numa roda sem parar...

Para que a vida não tenha cabida entre os becos e esquinas - quadradas inventivas - que separam o ser humano do SER REAL... ficando assim sujeito - escravo - quando é HERDEIRO UNIVERSAL;


À medida desses que - cinzentos - comandam através da razão dúvea - que ignora a sua RAZÃO SINCERA: porta aberta, "LUX VERA" - para a sua HERANÇA PRIMORDIAL...

Estando atados - contrato a sangue nessa gruta escura gravado - mente pequena que se crê primeira, relegando ao esquecimento a - via, fluxo e virtude - verdeira:



fazendo barulho em todo o lado - despojando o humano do seu ser sagrado - oferecendo espetáculo para os sentidos - velados os seus veros olhos vivos - para que se não veja... não ouça...

dormente cadáver à espera de despertar... essa viva voz que nele ressoa e que num sarcófago de confusão pretendem encerrar...



olhando para fora vendo-se dentro reflectida em penhora - quando dentro e fora é LUZ, VIDA E SENHORA que nenhum véu ou ilusão pode ocultar...




Pintam a verdade como uma autêntica quimera:

escuro labirinto para cegos... floresta negra para quem não traz A LUZ no ser...



As suas razões pequeninas - justificações desatendidas, carentes de fundamentação - roubam - na noite do dormente, aquilo que é seu eterno PRESENTE:

ESFERA da ESSÊNCIA - excelsa SABEDORIA - "HAGIA SOPHIA" - que lhes dita a verdade que não pretendem ouvir...

E ENTRE TANTO LOUCO com patente, entre tanto desalinhado que se fez gente - creem os leigos que são os números que fazem a festa - não entendendo que número é nominal...



um apelativo conceito - misturando gramática/ bolsa e direito - fazendo de nós - menos que "bois" - números e estatísticas afinal...

Dá o grito irmã... irmão... dá o grito para que se ouça o teu mal... que o dito seja: repito - dito - e não tenha volta atrás...

Que se não abafe a coragem, em mil e um "sim" quando berra a tua alma "NÃO"!... que se não desgaste a honra nesta viragem - de século das luzes para o grande apagão...

Que as tuas pisadas -singelas - sejam palavras amenas no poema universal... e não escuros urros, brados e uivos: lamentos profundos à Noite Obscura da Tua alma ancestral...



Pedra que brilha - esmeralda - sem mácula - que a luz transcendida trespassa em amor universal... que renasça o Fênix das suas cinzas, que regresse a verdade perdida e que - a teu braço - acorra a espada outrora fendida - hoje renovada pela justiça vital...

Não há tempo ou guarida que de ti mesmo te possam livrar... a voz do teu ser - teus sonhos, teus mundos a nascer - risonhos - estão à espera de se concretizar...

Teus filhos - seres de ti queridos - através de ti aparecidos - neste nosso mundo virtual: merecem um mundo que se apresente... andando de trás para a frente... e não uma floresta negra repleta de predadores: meros homens disfarçados de senhores... negras sombras em corpos de animais...


Merecem teus rebentos um quintal: sem muro, seguro por não haver medo à volta a rondar;
Merecem respirar: o ar puro - o ser dignas sementes de futuro e - livres - entre sorrisos e suas traquinices - abraçar, ver, crer - num mundo ideal...
No fundo - merecem ser crianças - esses seres grandes repletos de novos mundos - que tens feito tu para os defenderassim - tal e qual?

Para que se não transformem em xerox dos planos conformes, ametralhadoras tecnológicas de velocidade megahertésimal - repetidores disformes dos novos credos tecnológicos e da "verdade" que se impõe de forma GLOBAL?...




Religiões tecnológicas, tecnologias ideológicas, hierofantes poderosos em lobbies sem acabar... falácias de um mundo que morre a cada segundo - que mata a diversidade em prol de uma certa elite sem idade:

cancro nauseabundo - que te prende e tevendo - exportando assim o seu mal;

Esse que dá origem às linhas e curvas em papéis a brincar:

são as vidas de outros seres - são os teus sonhos e os dos que queres - que estão a vender afinal...

vidas e seres - possúidos em contratos assinados em papeís esguios de suaves contornos - cobra voraz...

Linguagem subtil que entrelaça tentáculos mil asfixiando teu ímpetu vital - fazendo do Rei escravo e da sua prole uma corte de gado:

que corre, que muje e contorce - esperando as migalhas na lama dos despojos de bens materiais -




Não o que necessitam para seguir firmes na sua intenção de vogar - para a luz,a vida, o AMAR...

apenas por serem iguais aos que de "cima" despejam na soberba tudo o que o seu triste banquete tem para nos aliciar...

por isso mantêm este ritmo - tu o burro eles o cego - acenando com a cenoura - alegres infelizes que se precipitam para o seu triste final...

mantém este ritmo - suicídio a olhos vistos - mentira velada, verdade calada- de quem não quer mais viver e assim se mata em compulsiva errata que chama de "leis"...

e em si arrasta todo o que neles coniver...





Tu - que despertas - tu que estás alerta... que já sabes onde te querem levar: negros e frios - sem alma:

que anseiam o descanso eterno e se encontram encadeados ao seu próprio mal - de serem perpétuos fantasmas, arrastando correntes - cascas vazias, ocos, sem vida - parasitas vampiros, células de umcancro que já não sabe parar:

ansiando a clemência e buscando com impaciência destruir o nosso jardim sangrando-o gota a gota até esgotar...



Tu que já os viste - que a tua janela interior abriste - e te sabes "guerreiro" da solidez ancestral... do eco das montanhas, das eternas vagas desse outro e grande Mar... das florestas que se não calam, dos ribeiros e dos pássaros que nelas molham suas asas para depois se elevar....

Tu que recordas - as festas das eiras, das sementeiras, das desfolhadas, das vindimas e das páscoas passadas entre os manjares que todos davam para entre todos celebrar...



Tu que recordas o quanto a terra é benfazeja - não aquela que vestiram de negro - com despojos de outrora -cadáveres dos que nem há memória - mas que eles lembram - pois são seus próprios corpos que foram desenterrar...

Trouxeram o ouro negro, cobriram o espaço de vertigem, electrica corrente em redes que afligem - campo de concentração invisível ao teu olhar...

São estes seres - parasitas, fantasmas de um mundo que já não queres - são estes que devemos expurgar...



No som da água da chuva que cai, do vento que sopra livre e se esvai, no eco do teu canto sobre os cumes dos montes altos e o brio dos teus filhos crescendo livres dos atilhos que por dentro os vão esmagar...

Das frias ideologias, das verdades vazias, das ciências oferecidas pelos mesmos que agora nos querem comer...

Chamemos o inimigo pelo nome - saurios que predam a escuridão - desencarnados que procuram com sofreguidão - voltar a caminhar e desgarrar...

Seu mundo se perdeu - mas o seu eco permaneceu... e os seus lacaios encontram na benesse de seus amos novo brio para se entregar, se vender, se corromper... e a todos com eles arrastar...



Ouve! Ainda há tempo! Houve a VOZ DO REI a regressar!

Houve os altos cumes a segredar...

Ouve a terra a tremer preparando o soerguer contra estes frios pés - que invisíveis - ordenam outras para a desbravar...

Ouve - a voz do trovão - que descarrega sua fúria contra o louco que se escondia num vidro oco, pensando que assim ninguém o vê...

Sente - a presença incipiente... eco do rugido premente... que se vai elevando deste chão...

Como os ecos sombrios dos guerreiros vencidos se erguem de novo por ti e por mim - meu irmão...



Chora - pois está chegada a hora - na que veremos a face que nos pretende esmagar...

E todos os que - até agora - se escondiam no escuro com medo - vão agora compreender que o sinal está dado e que é tempo de regressar...

Todos os traidores - que juraram com honra e na honra se perderam: vão regressar...

Todos os que temeram - por inverosímil - o momento, do anuncio deste tempo - todos vão agora acreditar...



E - aqueles que esperavam - mas no silêncio se guardavam... esses vão poder agora despertar...

Erguem-se os novos templos, recordam-se as melodias... os tambores se calam para dar lugar à luz do dia...

o ETERNO regressa ao seu LAR...




domingo, 6 de janeiro de 2013

Arkenstone



John Ronal Reuel Tolkien

Quem quer que respondesse a este nome iniciático e às várias personalidades de costume que escrevem sobre botânica, astronomia, linguística, história, matemática, biografias particulares várias baixo nomes simpáticos - merecem agora esclarecer que os vários elementos apresentados na história da próxima saga da Série - implicam coisas bem "SÉRIAS"... pois todos estes senhores são sérios também.

Quando - um dia- Gimli o anão berrou em Moriah que "Baruk ai menû": "os machados dos anões estão sobre vós" - revelou a tal língua que os anões de Tolkien nao revelam.



Assim, ficamos  a ver os apelidos do nosso herói literário e vemos "Reuel"... que não é outro que Jetro - o pai das SETE jovens entre as quais Moisés encontraria a sua PRIMEIRA esposa junto a um certo Poço no meio do deserto (tema depois - repiscado - com a samaritana e um certo J.C... mas isso são outros temas - as histórias repetem-se).


Se Lot soubesse que a deusa Nike estaria entrelaçada no seu nome - então o nosso amigo iniciado não teria perdido o seu tempo.



Neste caso, o povo hebreu volta à saga - como protagonista.

Repete-se a malfadada sina - gananciosos: escavam demasiado fundo e despertam seres dormentes ou coisas que lhes não pertencem e que mais valia estarem assim mesmo - dormentes - seguindo o seu curso natural...


Nisto Anões e Elfos são antítese: se bem que Tolkien quisesse fazer as pazes entre os Nibelungos "de cima" e os "de baixo" o facto é que os elfos - quase etéreos - pairam na ordem natural das coisas enquanto os Anões a modelam na sua particular (e determinada... diríamos até obtusa) forma própria - quer outros queiram... quer não.

Como o monte Moria e o seu querido Sião implica um entramado de túneis - desta vez ouvimos que Thrain - rei baixo a montanha - ficou "louco" pela febre do Ouro.



Ouvimos algo estranho também - que, a Arkenstone (como se fosse a pedra da arca, ou a arca da aliança) era adorada por Thranduil - senhor dos Elfos Silvanos (algo que nem nos sonhos de Tolkien estaria em consonância com os Elfos silvanos: seres em SINTONIA com a Natureza - de uma forma ainda maior do que os seus irmãos que sofreram exílio após estar baixo a tutela dos "Valar" - os "PODERES" de Arda - talvez com os Noldor e os Exilados e a história dos Silmarils e o Juramento eterno de vingança a Melkor... mas os silvanos reverenciar uma pedra?... Só na cabeça de um Anão :-).

O que se pretende é justificar o injustificável (para isso serve a propaganda e os mérdia, e os filmes que misturam valores nobres com acções vis): como o Britânico Bilbo anuncia que - por os Anões não terem casa - elevai ajudá-los a "recuperar" a sua... 1947, 1947...

Ben-Gurião bem poderia ser o anão da barba branca que se chama "Balin" e que acompanha sempre o escudo de Carvalho;



Com Tolkien -- tudo é fantasia e nada é o que parece...

Desde o ouro dos tolos - vendido nas bolsas de valores de Wall Street (o muro das lamentações mundial) aos valores que se ganham e nunca se vendem (traduzidos pelas senhoras simpáticas que encimeiram esta nossa frase);

Desde o "Green Dragon" - a tasca onde se encontravam os hobbits (essas personagens que atingem a maioria de idade aos 33 anos) até a Erebor (seja ouro-boros, seja o próprio deus da escuridão total da mitologia Helena)... sejam as festas patetas nas que Bilbo anuncia o numero dos eleitos (144 por ser o somatório do aniversário do seu sobrinho 33+ o seu próprio 111) e ri à gargalhada chamando-lhe uma "grossa": ai ai ai a gematriz "Master Tolkien"...

Os treze ANÕES e os TREZE ESTADOS AMERICANOS... coincidências das barras com as estrelas... que se fazem obra literária e "códex" para iniciantes nas subtilezas daqueles que portam a tocha entre os que dormem na noite...

Seja por apresentar o Monte Moria e o Baalrog como a antítese do outro - do disfarçado de velho e que deve passar a sua iniciação - por fogo e água - para renascer como o branco ou perecer na tentativa...



Estes personagens traduzem ecos de Wagner e o ciclo do Anel dos Nibelungos - seja Albreicht Sauron, seja a espada quebrada a renovada Anduril-Notung, seja Aragorn ou Sigfried...

Tantos ecos...

Seja o Dragão Fafner - outrora o gigante que construíra os paços do Valhal e que agora guarda o anel depois de se "transformar"... sejam os ecos de que - o poder mata e a radiação corrompe...



Seja agora o Bilbo - como todos os heróis solteiro e bom rapaz - nesta aventura gráfica do P.J...

Se antes transformaram os Elfos em máquinas de matar e deram uma piscadela de olho a Portugal - saindo o rei da TRADIÇÃO (LORE=EORL) a confrontar as hostes do caos quando a cidade dos reis (palácio intemporal, representada no filme por sala de mosaico branco e negro) representado como o povo de HONRA (ROHAN) e ele - como em Wagner - anunciando o fim dos tempos (e dos deuses) THEODEN (THEO-deus+ END-fim)...

Já o seu filho morrera e isso anunciava que os Orc (Cor) - caóticos elementos ligados ao sentimentalismo emotivo não sublimado pela razão pura - se iriam revelar contra a cidade dos reis e aquilo que representa na terra (a ponte entre o mundo ideal e o mundo do meio: - VALINOR - ANDUNIË -MIDDLE-EARTH (Terra do Meio).

Morre THEODRED (THEO-deus+ DREaD - MEDO/PAVOR)


Seja já o seu prenúncio na derrota de ELENDIL (EL - ele hispanico/ END-fim/ IL - ele franco)...

"It's an army bred for a single purpose - to destroy the world of Men" - diz Aragorn ao anunciar que os Uruk (cidade babilónica) Hai estão às portas para a batalha do abismo do Freixo...

Lá está outra vez Wagner e a mitologia Nórdica... e a espada cravada no freixo...


"THERE MAY BE A TIME WHEN THE WORLD OF MEN COMES CRUSHING DOWN... BUT IT IS NOT THIS DAY... AN HOUR OF WOLVES AND SHATTERED SHILEDS - WHEN WE FORSAKE OUR FRIENDS AND ABANDON ALL BOUNDS OF FELLOWSHIP... BUT IT IS NOT THIS DAY... THIS DAY - WE FIGHT!"

Aragorn frente ao Morannon - as portas da noite escura de Mordor - discurso para os aliados no momento prévio à sua abertura - LOTR III

Não fossem as ÁGUIAS - enviadas do representante de ERU (o único - o princípio gerador - adorado no cume dos montes em templos sem marca - apenas a Sua presença) - este se chamava MANWE (MAN - homem/ WE - nós).




Agora - deixando um pouco o mundo dos anjos e dos seus pervertidos pelo poder terreno e "esquecendo" a pertença à harmonia universal- sejam eles ISTARI (enviados de ISHTAR/ ASTARTE) - A DEUSA, sejam eles discípulos de AULE (criador dos ANÕES como GOLEMS e senhor do Maiar Sauron - depois pervertido pelo ruído do seu Senhor MELKOR - "o que se ergue em poder"): por isso estão sempre a encontrar-se nas profundezas - dado que AULE é o senhor da TERRA e do TRABALHO das GEMAS, METAIS E PEDRAS...


Falemos simplesmente de uma mãe e do amor ao seu filho - frente à cobiça e ignorância dos seres bípedes que gritam e falam e cobiçam e se digladiam e matam e fulminam e elogiam...


É fácil entender - pela descrição da ARKENSTONE - que ela tem brilho próprio: logo - tem vida.


Sendo o "CORAÇÃO da MONTANHA", e entendendo que a montanha é o lugar ancestral de algo muito mais antigo do que Elfo ou Anão (convidados do final da Primeira e início da segunda idade respectivamente)...

Sendo o Dragão um ser apresentado como Hermafrodita e - desde sempre - composto pelos CINCO ELEMENTOS (garras de Leão-terra/ escamas de Serpente-água/ asas de águia - Ar/ hálito de fogo - Fogo: ser próprio - consciência superior enquadrando os cinco elementos num ser UNICO) então é fácil ver a angústia de uma "Mãe" cujo OVO foi VIOLADO pela GANÂNCIA sem LIMITES dos que escavam o mundo procurando riquezas e tesouros que depois não partilham com ninguém (aqui temos a pintura pela negativa do povo hebreu).



Smaug regressa ao lugar onde depusera o seu ovo (e os Dragões - como seres Maiar - espíritos - encarnados em forma singular) têm as suas maneiras "ocultas" de se reproduzir - demorando ERAS esta reprodução.

Expulsa os "vendilhões" do templo de vida onde o coração da sua cria ainda late (coração que os Anões - na sua ignorância - talham para dar mais "brilho" como a gema que pensam que é... ameaçando a vida que nele palpita).



Depois de expulsar os vendilhões cobre-se de OURO -- que é transmissor electromagnético primoroso e - sobretudo - condutor de CALOR - e prepara-se para salvar o seu vástago (um dos últimos da espécie - se não mesmo o ÚLTIMO dos Dragões).

APENAS os Elfos - ligados ao TODO - parecem entender o que acontece:

 - que o espírito de fogo está a defender o direito à VIDA de um outro ser de FOGO...

e retiram-se em silêncio: sem explicar aos Anões - que nunca entenderiam: sumidos nas suas contas, traços, linhas, gematria e pedras, gemas, amálgamas e tecnologia o que apenas a Harmonia de ERU lhes poderia transmitir (Eles que são de Aule... com ROUACH de ERU - mas SHEKINA de AULË... hardware de outro pensar com o mesmo sopro de vida Universal... duros de entendimento estes ANÕES - teimosos como se apresentam em TOLKIEN);


Resulta BÁRBARO - contemplar como nos INDIFERENCIAMOS ao ver que os HUMANOS ceifam VIDAS - como o fazem ELFOS e ANÕES - de uma forma totalmente transloucada - sem sequer se questionar acerca da verdadeira natureza do simbolismo que está por detrás de tudo isto.




Seria uma completa FALTA de SENSO - que se faça tanto ênfase em POUPAR uma vida - a do outrora hobbit (LEMBREM O DOS 33 ANOS - SIM?) - pervertido de raiz e corrompido pelos 500 anos nos que teve o anel consigo:

"Podes devolver a vida? Então não te precipites a dar a morte e o juízo - pois nem o mais sábio dos sábios sabe o final de todos os caminhos..."



Isto - dito por um Maiar (um anjo encarnado) - é digno de louvor...


Depois levantam-se e - à boa maneira HOLLIWOODIANA - fundem-nos na ambiguidade e na alienação entre cabeças de Orcos a voar, sangue a ser desparramado e filigranas de pseudo-artes marciais no meio de um espetáculo de carnificina às centenas no que o espectador vai incorporando a pele dos heróis sem se QUESTIONAR se as vidas ceifadas de um ou outro lado NÃO TÊM O MESMO VALOR...



Seriam estas cabeças diferentes das outras enviadas sobre os muros de Minas Tirith pelas catapultas ORCS? ou serão uma referência às "cabeças cortadas" da INICIAÇÃO?... poderemos ver a história por onde se quiser - mas a crueldade da violência é de parte a parte uma - E UMA SÓ;


Se não entendemos os ELFOS (EL-DAR - os primeiros nascidos, os filhos de ELBERETH/ VARDA - a antítese de ARDA - a senhora da LUX); seres semi-encarnados, etéreos: que não contam o tempo pelos anos nem entram em sintonia com a doença... habitantes originais do mundo bem-aventurado exilados por seguir o rumo das armas primeiramente criadas por FEANÖR - rei dos Noldor e do seu juramento de VINGANÇA para com o VALA - MELKOR.

Este caminho - seguido por GALAD RI EL (senhora da luz) foi o dos exilados que partiram para fazer frente a Melkor na TERRA MÉDIA. De novo as alusões Bíblicas do amigo REUEL - pois é o ÊXODO que nos relata de uma forma lírica.



Os Orcos são os Elfos - corrompidos pelo MEDO e pela DOR e transformados em seres vis - que andam arqueados, comem pestilências, agrupam-se em clãs que constantemente guerreiam entre si e obedecem a MELKOR (depois a SAURON e até a SARUMAN - estes dois últimos unidos pelo facto de um ser subre-pticiamente "Saurio" e o outro por lhe ter estudado e seguido os passos transformando-se num alter "human"):

obedecem por medo estes - enquanto os outros avançam por CONFIANÇA, CORAGEM e VALORES...



Eis a diferença entre os que seguem a noite escura e os Filhos da luz...

Mas - vamos mais longe. A Humanidade - em Tolkien - agrupa-se baixo as duas bandeiras. Capazes de ser talentosos para seguir o caminho da Harmonia (como estavam destinados os Numenoreans - os da ILHA AFORTUNADA - corrompidos pelo medo da MORTE instilado no seu rei pelo próprio SAURON) ou os que alinharam em tribos várias baixo a égide da coroa de Ferro de Melkor e a sua regência de dor...



Voltando ao tema - esta seria uma separação possível:a outra é a de que todos os elementos agregados à "TREVA" são os medos, as dúvidas, a falta de valores - que o herói acompanhado pelo leitor/ espectador vai vencendo no seu caminho com "COMPANHEIROS" - desde o vau da sua porta:

 "The road goes ever on and on, down through the road where it begun"

(assim canta Gandalf o Cinzento no início do S.A), arriscando a vida seguindo os seus valores na terra da MORTE do OURO - o verdadeiro valor, a verdadeira vida... e REGRESSANDO "There and Back again - a hobbit's tale, by Bilbo Baggins...




Se o neófito é bem sucedido, se a companhia se mantém fiel, se os valores prevalecem sobre a escuridão... então a travessia iniciática chaga a bom porto - os grey havens... os portos cinzentos: ultima travessia da "ANIMA" na sua viagem de regresso (curva ascendente da harmónica que o ser perfaz dentro do seu caminho de encontro no SER MAIOR - ERU)... dai partindo para VAL(HAL)IN OR - a mansão de entrada no OURO FILOSOFAL (as moradas filosofais dos iniciados)...




 ou mergulhando na incerteza e na dúvida (como a estrela do Entardecer - sempre associada a ARAGORN - um ESTEL - como SPES/ ESPERANÇA e a outra a ESTRELA MARIS - a estrela do fim da vida  - a que compensa a estrela da manhã que tudo consome no seu fulgor inexperiente... Luxinfer - assim reconhecida e também tida em conta - VÉNUS/AFRODITA - primeira criada antes mesmo de Zeus e seus irmãos)...


Nesta luta titânica, os mais pequenos revelam-se grandes (como Sam que vai de humilde - sempre - jardineiro a fiel companheiro, poeta e guerreiro para ser pai de família e presidente de câmara; passando por Fingolfin - Elfo que desfiou Morgoth em duelo de iguais perante a derrota do seu povo, os hobbits que resistem o peso do anel como nenhum dos grandes poderia ou o simples e nobre Faramir - que representa a nobreza aristócrata ao referir que ama a flecha não porque voa nem a espada pelo seu brilhante gume mas sim pelas causas que defendem... não tocando nele sequer a tentação do anel do poder (ao contrário do que se vê no filme)...

E há a remissão - como Boromir que morre resgatando a honra perdida ao ceder à tentação do anel pelo sofrimento de seu pai em combate constante com a torre escura, ou Theoden - que morre sendo novamente rei e - como rei - liderando os seus na batalha pela LIBERDADE dos povos da terra Média... ou ainda Gollum - liberto da escravatura do Anel num final estrondoso no que o gesto simples de Bilbo cinquenta anos atrás se entrelaça com a história num volt-face não esperado...






Interessante ver que - o REI oculto dos ANÕES que vieram da NOITE - tem como emblema um ESCUDO de CARVALHO... interessante notar que havia CARVALHOS nas portas de MORIAH... detalhe deveras interessante...


E depois de TODO ESTE LABIRINTO de ESPELHOS... será?




Será que Tolkien viu que o AMOR do DRAGÃO pelo CORAÇÃO da MONTANHA era um MUNDO mais PRÓXIMO do ÁGAPÉ (do amor maior) do que aquele que os ANÕES DETINHAM pelo vil metal (o OURO dos TOLOS) e pelo conceito de LAR que não o VERDADEIRO - pois um é o lugar do COR - (de onde vem CORAGEM e CORAÇÃO) e outro é a sentido de POSSE de uma TERRA, LUGAR, PESSOA, COISA... e esse é o Eidolon sobrepondo-se à consciência do DAEMON e VELANDO a ANIMA no seu caminho de REGRESSO à HARMONIA UNIVERSAL...



Será que viu?

Será que você - caro leitor - viu, o que se desdobra baixo a aparência das personagens e dos nomes que correm como dados computacionais de um ser-bio-cibernético que analisa dados de forma total e bloqueia partes como forma de "escolher" variáveis possíveis como caminho de "direita" ou "esquerda" quando - no olho de peixe - não há dois caminhos - apenas O CAMINHO?



SERÁ QUE VIU o AMOR do DRAGÃO entre o DESPEITO dos seres MORTAIS?...