sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Rei de Honra... terras da Tradição








De entre as gentes
de honra

da tradição...
perdidas
nas horas
e nos dias...

entre os tempos
nos que moram

entre as cinzas
dos sonhos que choram


enterrados em moradias sombrias





entre as suas raízes
profuda
mente
esquecidas




se ergue
quem mais não
não desespera

que recorda
que evoca
a egregia memória
e assim conta
a quem queira

entre as raízes
dos carvalhos
consagrados



orvalhos sagrados


luzes suaves
recolhidas entre os tempos
de outros lugares
oliveiras de outrora

caldeirões da memória
nos que gentes sábias
confundiam os da trola
com os de mente clara

forças esguias, vivas
magias da memória
que o tempo agora convida





entre as espigas mais rubras
entre as covas mais profundas
pedras de espirais escritas...
memórias dos tempos ajudam

e os rios que cantam
entre as folhas que dançam

nas suas gentes garridas
madrugadas sanjoaninas

flores d'augoa revividas
pela virtude reacendidas
entre águas claras
de claros olhos
e gentes sábias

nas gentes simples
nas broas milhas



as milhas de oiro
corredoiras para onde algo clama
dnde escorre  a luz mais clara

como pratam, luz que nos alumia

eia a gente que dança
na noite
e no dia

e assim entrelaça
no luar sem vida
desta gente que passa

a vida que escassa
se esvai num
lugar sem graça

nova melodia
sem medo à partida

o sol que dança
a lua que o embala
altares de pedra
colunas de carvalho
castanheiro
pinho e loureiro



(...)


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