uma guitarra que canta
um mesmo canto no ar
um mesmogrito que quebra
a indiferença entre nós a raiar...
adeus gentes livres
que eram felizes
que agora nem têm
para comprar o pão
eram cardos
eram prosas
eram rosas de louvor
que se faziam
quais fermosas
dentro destas
nossas mesmas paredes
esgar de dor
adeus rios adeus fontes
de vida
entre nossos montes
perdidas
abandonadas
vendidas
adeus gentes livres
que eram felizes
que agora nem têm
para comprar o pão
nem tÊm elas onde
nem têmeles quem
nem futur risonho
que se esconde
ali onde o puseram
essas
esses
filhos da mãe
repete-se a história
canta a mesma voz
uma vez cantram "eles"
rosalias"
outras cantamos nós
amas
lias
mesma terra
mesmo povo
mesma barca a se deixar
mesmas gentes
que são fortes
a se deixarem assim levar
e na tristeza
deser pobre
edesemear em pobreza
devirtude
e dignidade
comer aquilo que nos serva
esta porca elite da sociedade
naufragar
sem ir
ter sempre de
mãos
vazias
voltar
ou ir
pra qualquer outro lugar
pra ganhar o pão
que nos venha
de novo
dignificar
e
quem rege
quem dirige
quem comanda
e nos manda
assim
"a partir"
quem é livre
livre te querendo
quem é servo
e serva
na servidão te esquecendo
quem nos comanda
a avançar
para uma linha
que não tem mais
por onde se voltar
quando já outrora
ai chegou sua hora
de se despenharem
de entre os ceús se atirarem
agarrados a panfletos mil
agarrados às linhas e contas e estafetas
essas asmetas do '29
que não lhes deram nem um "sim
de vidanobre
e sim indigno fim
quem são os que nos comandam
os que insistem "e avançam"
em seus tronos de pedra se eregem
e sem ser povo
mandam e prescrevem
leis para nos desleixar
quem
livre te quero
assim ainda espero
ouvir tua viva voz
qual a voz da maria
da fonte pura
água viva
em todos NOS!
quando não houverem
aqueles que te trouxerem
vida e plenitude em abundancia
vida que se mostra
no sorriso de criança
no olhar que reflete
tudo o que nos move
assim
livres por dentro
quando já não houver
quem veja as flores
em liberdade
assim se ficará
terra erma
assim ficara
nossa terra interna
sem verdade
assim deixando
tudo o que é para nós tanto
por um outro algo
que nem se come
nem se bebe
nem se pode com esse ou esa contar
seja conta se ja acção de banco
seja trabalho sem dignificar
caixões em vidas nos que descansaremos
cada vez mais
tantos...
tantos...
caíndo nessestais "encantos
quais tristes e abatidos pardais
já se ouviam bem longe
as campanas a alertar
e quem guardou
e quem se firmou
é quem os lobos de inverno
assim deixou entrar
e se lembrou
ainda
de pactuar
entre quem nos enganou mais de uma vez
´mais de duas a nos lixar´
mais de três a nos tramar
e à quarta
descarada
até de fuzil em mão a aqui entrar
com liberdade e fraternidade nos marcou
e vida e verdade
assim nos levou
eram ostempos
dos avós
desses
de
TODOS NÓS
nos que Vigo
cidade se fazia
e o Porto
em sangue e fogo
pagava
e
caía
adeus rios
adeus fontes
adeus regatos pequenos
adeus homens
adeus mulheres
não sei quando
em
verdade
nos
veremos
agora vemos qual espelho
fosco e enevoado
um dia estaremos
de novo juntos
plenos
nos
revendo
de lado a lado
trespassados
pelo mesmo amor em nós guardado
pelo força do amor erguidos
por esse mesmo mar de amar guiados
pela vida unidos e entrelaçados
desde este
a
todos os lados
recantos de mundo
esses que
juntos
ainda cantamos...
cantamos assim juntos
e livres
e vivos
e dignos
por todos lados
quem falte ao baile que começa
quem cmece esta linda peça?
Sem comentários:
Enviar um comentário