Em terras d'el Rey - não canta a galinha... linha de águas - faz tanto tempo "ordenadas" que já se perdeu memória - de onde estavam, paraonde iam - que falavam... que de nós mostravam... em puros reflexos e ares puros e livres assim nos levavam...
Em terras da Rainha - não há d'el Rey - vê-se por dentro a vontade que anima, sente-se o que a mente desestima, encontra-se sem se sber, dá-se com alice em pais de maravilhas e nem se nota - nemcomo se chega - nem como ali se poderá viver...
aos nobres lusitanos
de tantos e tantos anos
seguem braços de abraços amigos
dos pais e dos filhos
dos geurreiros enloitados
dos tristes e nobres
passados
para estes outros lados
para lados de todos
os lados
para linhas e galinhas e muros e tectos cimentados
que outros ja forma tombados
os nossos
garridos
sejam esquecidos pálidos e frios
ainda se erguem
esguios
suaves convidativos
qais serpentes entrelaçadas
quais terras das mesmas falas
assim se entendem os "bons amigos"
entre cantares e piares
lá se vão os galos rindo
as galinhas sorrindo
e as linhas do galopinto
se vão escrevendo - cantando
e entre uns e outros descifrando
entre o folk lore
os dominios do povo e da memória da terra e das gentes
ecoam as danças
os pares
os olhares
as lindas flores garridas
em vestes escritas
com mãos e com linhas que não se esquecerão
ecoam vivos
os sons
as rodas vivas
quepalpitam´noite e dia´dentro desse povo
amigo
desse brio
em peito levado
em forma de serlavrado
coração
de viana
assim reencontrado
em galo de gente´pelo mundo inteiro levado
dançado e cantado
quem não se sente
não é namorado
e entre a roda
das simples gentes
até parece
qual convidado...
haja o que houver
haja vida e BRIO
para quem assim quiser
Diza Rosalia
como diria ama
se não a lia
que "hás de cantar"
noite e dia
e ao luar
hás de cantar
no meu tecto
de noite
quando me quero deitar
hás de cantar
tão sujo e tolo
que te mostras
que te vejo
e em aguas de puros outeiros
te deito
e ai te "mando lavar"
uma terra
umas gentes
umlugar verde
e quente
verde e verdejante
pelas gentes
que como as d'antes
se unem
se reunem
se olhame miram e lá dentro
no profundo
do respeito e da honra
além lamento
moram
e nesse peito
bem aberto
onde mora
não um deserto
e sim imensidão
de amor
e de sentimento
vero
puro
e ledo
assim se mostram
com esmero
asssim o demonstraram
através do tempo
assim somos
assim nos ostramosónde quer que estejamos´para onde quer que vamos
desde aqui ao horizonte
e mais além
uma linha
uma linhagem
uma boa gente
uma excelente aragem
somos nós
e a terra
e os céus
e o mar
e os rios
e a água sempre amiga
e o namorar
a vida inteira
por dentro a se mostrar
por fora a bem se entender
a bem se fazer
eis a nação de quem vos falo
eis as gentes
e os fados
eis os cantares
as danças
populares
os trajes
e os lugares
eis de quem vos falou
desde sempre o poeta
que cantava heróis
e marés
e emoções
imortais e maiores
do que alguma vez se poderá contar
que se sintam ali
assim em roda
simples e humildes
gigantes
para quem as souber ver
para quem
os souber bem apreciar
para os que
asssim
souberem ser e estar
e na roda viva
roda de vida
souberem participar...
e que anunciou
que poderíamos
nós
amiga
amigo
chegar
ali onde nos diziam
que era impossivel
sequer pensar
arrivar
sem ter medo
sem passar degredo
sem vender o ser
de temer
o naufragar
sem saber sequer
voltar a navegar
vislumbrar
que
juntos
mais fortes
nesta nação de gentes
fortes
homens
e
mulheres
fortes e dignos
e
maravilhosos seres
Humanos nos dizemos
assim humanos nos sabemos
Gigantes
como os d'antes
vozes que ocupam
o mar de amar
de mar a mar
de uma a outra extrema
deste mundoé desta vida nossa
a que vale mesmo a pena
de ir
e
saber
bem voltar
e
em
bem
viver
e depois
firme e direito
te vejo
enfim
Homem de peito
levantar
são honras antigas
da mais belas
as mais esquecidas
"Hás de cantar
rapaz
à rapariga
a prenda que hhe hás de doar:
uma vida inteira
de obriga
ou uma vida de verdade
e liberdade
assim ajuntar
e quem lhes diga
e lhes zoe
que assim "doe"
que se lembre
pire(S)
ou esqueça
que de tanta e tamanha nobreza
se faziam assim os "pinares"
de verde e oiro entre cantares
entre os verdes de "non" olvidares
entre os escuros craros lugares
iluminados
doutros...
seus olhares
pelos luares
e se assim ainda não seja
subam
voces aos altares
sacrifiquem de novo
galo e galinha e fogo
e luzernas vivas
por tres ou quatro denares
namorares
saltos e dançares
de uns e outros lados dos mares
berros livres enquanto o shouver
entre quemse dizia
livre
mais livre se podechegar a ser
sem abdicar
de quem se é
do que se sabe
das raízes da terra
que nos amparem
que nos ampares
ó cultura viva
e rija
entre nossos
mais antigos
lugares
e nos jovens
que assim vivam
ou assim ensinares...
se ainda assim não lembram
e essa "tragicomédia" sustentam
vai ser a vida a lembrar
que é linda
e é linda para se guardar e partilhar
espartilho era pouco
xustilho
era algo que se dava
entre o tempo que termina
surja um novo
abraço
que o abra...
Rosalia
cantares Galegos
como é assimq ue nos vemos
assim nos parecemos...
nem por ouro
nem gemas nembronzes´nem todas as estrlas do ceo
dovero meo
não has de tomar
nem por força por marra por zanga
da minha taça
de livre vontade
minh'a água livre não has de levar
nem ao moinho
nem no moinho
me has de ver dançar
por entre os costumes e os lugares e as gentes do lugar
à vida e ha virtude
que nem se podem forçar
nem ter
nem desterrar
e a essas
ninguém te poderá levar
cantaro à fonte´que foste para te encher
deixar de partir
ou esmorecer...
ou se dão desde dentro
ou non
ou ali ficam
qual musica de doce sustento
"...onde param as ents esposas?,,,"
ali onde as hespérides são mais vibrantes
e ao mesmo tempo
subtis
e
fermosas
e são
de honra
e verdade e coragem
as "nossas"
Sem comentários:
Enviar um comentário