Desde os tempos imemoriais… existia um caminho… existiam os viandantes…. Existiam os espelhos e os passeios…. E existiam os que – como dantes – fazíamos partos – traziam os do outro lado – como ouro fino e puro – lavado – e os conduziam de novo – vivos – ao outro lado.
Este caminho velado – existe – para os nele consagrados… é o caminho dos puros – que vestem de negro os véus… que fazem a vida transparecer… para os novos céus…
Pilares de firmeza… entre a juventude da fina flor que se esvai e o firmamento ublime daqueles no que a virtude mais não descai…
Nascimento vivos.. entre os silêncios mais festivos… entre as cores que se fazem cada vez mais primores… mão em mão ou simples presença… canto silente – guarda atenta… para o medo mais não penetrar.
Estes são a “ordem negra”… não existe.. ninguém fala dela…
Estão à espera de despertar…
Entre as hostes das ordens tradicionais – nas que o espiritual se perde entre a neblina, a floresta e o mar…
Sal… de estátuas que regressam à vida depois de tanto tempo de estiva sem nenhum grão encontrar…
Marcas serenas… que aconchegam… preparar e aconchegar nos portos os que arrivam para a passagem para a neblina e ir além do amplo mar…
São os que conhecem o segredo sem saber lá regressar…
Congregam-se sem desvelo… traçam o sentido entre o degredo… regressam ao final ao mundo “comum”…
Esvaem-se entre o tempo e regressam sempre que há mais um…
Os tempos congregam a reunir… entre as várias linhas e linhagens – o seu ressurgir…
Os tempos de passar os barcos… de fazer os cantos e cânticos… do silêncio entre as árvores ao clamor do trovão… luz cristalina além do que o tempo domina… ir de encontro ao Maior…
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