"Mas há que fazer algo…
há que afastar o intruso do nosso lugar sagrado…
há que erguer as asas ao sol, à luz`no ar…
e invocar a força da terra, da rocha, da serra…
e – todos juntos – a nossa força apurar…
para o invasor purgar, esvair…
e expulsar…"
“Musa – esse caminho é o do degredo… o caminho que seguiram os que se ergueram e contra o “inimigo” e se atreveram a lutar:
pois sua própria fala perderam, aprenderam seus sentidos de medo…e – assim – no barulho esqueceram – a essência da vida, da harmonia e este sagrado lugar…”
pois sua própria fala perderam, aprenderam seus sentidos de medo…e – assim – no barulho esqueceram – a essência da vida, da harmonia e este sagrado lugar…”
“Não é possível, venerável, ficar impassível: quando é o meu próprio ser a sangrar. Em cada monte que esvaem, meu próprio ser a desgarrar, em cada ser que corrompem, em cada floresta que destroem, em cada rio que manipulam, em cada força nova que geram para se enfatuar – é a mim que destroem, é em mim que plantam suas sementes de negrume, de ruído e de esquecimento mordaz…”
“Assim, falando e sendo – MUSA – a dos olhos claros e do DOURADO SENTIMENTO - assim te condenas a te transformar...
em pó...
em pó...
Agora – seja essa a tua vontade – pois a VOZ do SILÊNCIO em todos nós fala sem idade, rango, estatura ou parecer maior…
O que há no teu ventre… esse – só o sabe o SER MAIOR…
guarda-o como sempre fez a tua espécie - dá nome a um novo monte
será repouso, nicho e firmamento da tua linhagem sem tempo, enquanto se estenda este triste tempo e até que se erga de novo, um NOVO SOL…
Pois vem a bruma, a neblina… vem os tempos da TRISTE SINA – na que os seres se esqueçam do canto da VIDA e se entreguem à loucura da destruição…
Tu que assim sabes – pois em ti entrevejo já a doença – de lutar por algo que não nos cabe dizer a nós…"
Ouvia assim ela, a que dos seres grandes fora a derradeira, como o destino estava selado no seu ânimo sagrado de defender a chama da criação…
Sendo ela da linhagem, dos altos sublimes que se não partem – pôde apenas recordar até ao dia da sua consagração, as palavras dos sábios, os ecos da vida enquanto se despedia, ecoando por sempre em seu coração.
São esses os ecos que perpetua a sua geração:
São esses os ecos que perpetua a sua geração:
Se te ergues – perdes;
se a tua chama, que guarda a vida, a vida destrói – morres…
se as tuas asas, com as que levantas as copas em cantos de vida e louvor, cobrirem as vidas destes que agora nos desafiam – serás transformada em pavor…
e entre as suas próprias sombras:
de morte, medo e dor
perderás teu nome, tua vida, teu vigor…
de morte, medo e dor
perderás teu nome, tua vida, teu vigor…
Esconde o fruto de teu ventre, no profundo da montanha – chama a essa “EREBOR”…
pois é ainda noite escura
– e escura será esta, sem dúvida –
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