De entre as gentes
de honra
da tradição...
perdidas
nas horas
e nos dias...
entre os tempos
nos que moram
entre as cinzas
dos sonhos que choram
enterrados em moradias sombrias
entre as suas raízes
profuda
mente
esquecidas
se ergue
quem mais não
não desespera
que recorda
que evoca
a egregia memória
e assim conta
a quem queira
entre as raízes
dos carvalhos
consagrados
orvalhos sagrados
luzes suaves
recolhidas entre os tempos
de outros lugares
oliveiras de outrora
caldeirões da memória
nos que gentes sábias
confundiam os da trola
com os de mente clara
forças esguias, vivas
magias da memória
que o tempo agora convida
entre as espigas mais rubras
entre as covas mais profundas
pedras de espirais escritas...
memórias dos tempos ajudam
e os rios que cantam
entre as folhas que dançam
nas suas gentes garridas
madrugadas sanjoaninas
flores d'augoa revividas
pela virtude reacendidas
entre águas claras
de claros olhos
e gentes sábias
nas gentes simples
nas broas milhas
as milhas de oiro
corredoiras para onde algo clama
dnde escorre a luz mais clara
como pratam, luz que nos alumia
eia a gente que dança
na noite
e no dia
e assim entrelaça
no luar sem vida
desta gente que passa
a vida que escassa
se esvai num
lugar sem graça
nova melodia
sem medo à partida
o sol que dança
a lua que o embala
altares de pedra
colunas de carvalho
castanheiro
pinho e loureiro
(...)
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