domingo, 3 de março de 2013

A árvore que não queria ter raízes - PARTE III


E sonhava... 
e sentia... 
e desejava...



que - renascendo ela um dia - 
fosse um ser que
- sem pudor, rubor...

apenas sendo... 
existindo... 
em pura poesia... 
pudesse se erguer...


ir... 
e ver... 
o que ali
- naquele monte - 
se veria...





E ESQUECIA... 
esta nossa semente feita gente


E ADORMECIA...


esta nossa esfera de luz
feita ramos, sombra e dádiva
em folha, flor, fruto..
...semente...



que se faz nova gente... 
transformando assim o próprio mundo...



IGNORAVA AINDA


- que era a ESFERA onde pertencia - 
tão sólida e serena...


mistério impenetrável


convidando seus ramos firmes,
suas raízes,
seu tronco e suas flores de arte..


A PROCURAR os frutos 
- os VERDADEIROS FRUTOS -


que a VIDA escondera para os que a viam desde fora...


saciados estes ainda
com suculentas viandas, 
com cores garridas, 
texturas primorosas...
do mundo em festa a sua folia


O mundo fora concebido assim 
- restrito -
 para os que deles mesmos pretendiam fugir


Sementes verdes 
ainda esperando amadurecer... 
para discernir...




ver
para começar a ser...


sentir... 


para optar
e desejar
evoluir


por si mesmos ressurgir


no sentido do mundo inteiro alimentar...



- num abraço sincero -


encontrar
-por fora-


igual coração por dentro
 a palpitar:

VIDA, SENTIDO, DESTINO VERDADEIRO
POR DETRÁS DE UM OUTRO...
O SEU MESMO OLHAR

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