A árvore que não queria ter raízes - PARTE I

Havia
- um dia -
 uma árvore...

Forte, grande... e esguia... 

tinha esquecido
- um outro dia -
quanto de semente tinha ela sido parte...

Esbelta, frondosa... luzidia...

era agora ela senhora de um grande e frondoso arvoredo... 

que se erguia sobre um antigo e sóbrio penedo... 

entre tantos outros bosques, florestas... 

deste nosso mundo em forma de arte...

Esta nossa
- querida e esquecida árvore
- tinha -
-no entanto -
um "se não"...

Achava que
- sendo um ser inteligente -
poderia pairar.... 

voar...

como todos os pássaros que via pelo ar... 

e que em seus ramos pousavam... 

para aninhar...

e ser.... 

e estar... 

por pertencer... 

a esse todo singular... 

no que até uma árvore se atreve a voar...

através da penas contadas de quem se celebra ao se acolher...

entre seus braços de árvore feitos frutos,
feitos flores,
feitos sombra em tempo quente...

feitos sementes para quem quer levar... 

e vida para quem assim quiser provar...

e

...VIVER...