segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Assombras se erguiam, os fios de linho em peito nada diziam...


em cavalo de sombra
navega a luz
entre barca de prata
que a verdade transluz

por terra e cálice e rei

entre a espera
o jardim

e entre a raiz mais profunda
em ti e em mim

essa que a vida defende
e que se faz parecida ao jasmim

sendo flor de aguas
assim reflectida
assim em via e vida honrada
sustida

seja o carvalho, o sobreiro
 a rama mais prateada

seja cavalo e cavaleiro
e sua prata de agua feita em espada

seja sol de dia soalheiro
seja a noite 
mais viva
e calada...

que dure essa eternidade de dia inteiro

entre o verde
da terra assim guardada

vermelho
de sangue
em capa marcada

nosso candor em volta do fogo de amor
ainda em verdade lacrada

chama de vida despida
quando em branca luz 

em lumen transfomada

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