sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Corações sobre $ifrões



Estão a definir o seu humano pelo ser maquinal - pelo produtor de bens e serviços e não pelo seu SER ORIGINAL...

Estão enganados os que regem os fados dos povos a conduzir... pois conduzem seus próprios negócios com base nas gentes que lhes cabia suprir...



Confundiu-se o magister no seu mister... pois é ministro o que serve e aquele que mais dá a quem quer...

Ludibriou-se o sentido até que o sentido sumiu... ficou apenas o vazio... a dor do estio que o humano frio deixa entrevir...



O calor que aconchega, o passo ameno na fraga anterga... o sorrir para as andorinhas que acompanham netos e sobrinhas... perdeu-se na voz dos tempos e é tido como algo "mau"...

Parecem os jovens pinóquios, como os outros aqueles levados - para a feira dos rebuçados - orelhas de burro a crescer...


Temos planeamentos familiares - não tanto à medida dos pais ou dos seres - mas sim das empresas, da indústria e da velocidade: que faz de nós joglares numa roda sem parar...

Para que a vida não tenha cabida entre os becos e esquinas - quadradas inventivas - que separam o ser humano do SER REAL... ficando assim sujeito - escravo - quando é HERDEIRO UNIVERSAL;


À medida desses que - cinzentos - comandam através da razão dúvea - que ignora a sua RAZÃO SINCERA: porta aberta, "LUX VERA" - para a sua HERANÇA PRIMORDIAL...

Estando atados - contrato a sangue nessa gruta escura gravado - mente pequena que se crê primeira, relegando ao esquecimento a - via, fluxo e virtude - verdeira:



fazendo barulho em todo o lado - despojando o humano do seu ser sagrado - oferecendo espetáculo para os sentidos - velados os seus veros olhos vivos - para que se não veja... não ouça...

dormente cadáver à espera de despertar... essa viva voz que nele ressoa e que num sarcófago de confusão pretendem encerrar...



olhando para fora vendo-se dentro reflectida em penhora - quando dentro e fora é LUZ, VIDA E SENHORA que nenhum véu ou ilusão pode ocultar...




Pintam a verdade como uma autêntica quimera:

escuro labirinto para cegos... floresta negra para quem não traz A LUZ no ser...



As suas razões pequeninas - justificações desatendidas, carentes de fundamentação - roubam - na noite do dormente, aquilo que é seu eterno PRESENTE:

ESFERA da ESSÊNCIA - excelsa SABEDORIA - "HAGIA SOPHIA" - que lhes dita a verdade que não pretendem ouvir...

E ENTRE TANTO LOUCO com patente, entre tanto desalinhado que se fez gente - creem os leigos que são os números que fazem a festa - não entendendo que número é nominal...



um apelativo conceito - misturando gramática/ bolsa e direito - fazendo de nós - menos que "bois" - números e estatísticas afinal...

Dá o grito irmã... irmão... dá o grito para que se ouça o teu mal... que o dito seja: repito - dito - e não tenha volta atrás...

Que se não abafe a coragem, em mil e um "sim" quando berra a tua alma "NÃO"!... que se não desgaste a honra nesta viragem - de século das luzes para o grande apagão...

Que as tuas pisadas -singelas - sejam palavras amenas no poema universal... e não escuros urros, brados e uivos: lamentos profundos à Noite Obscura da Tua alma ancestral...



Pedra que brilha - esmeralda - sem mácula - que a luz transcendida trespassa em amor universal... que renasça o Fênix das suas cinzas, que regresse a verdade perdida e que - a teu braço - acorra a espada outrora fendida - hoje renovada pela justiça vital...

Não há tempo ou guarida que de ti mesmo te possam livrar... a voz do teu ser - teus sonhos, teus mundos a nascer - risonhos - estão à espera de se concretizar...

Teus filhos - seres de ti queridos - através de ti aparecidos - neste nosso mundo virtual: merecem um mundo que se apresente... andando de trás para a frente... e não uma floresta negra repleta de predadores: meros homens disfarçados de senhores... negras sombras em corpos de animais...


Merecem teus rebentos um quintal: sem muro, seguro por não haver medo à volta a rondar;
Merecem respirar: o ar puro - o ser dignas sementes de futuro e - livres - entre sorrisos e suas traquinices - abraçar, ver, crer - num mundo ideal...
No fundo - merecem ser crianças - esses seres grandes repletos de novos mundos - que tens feito tu para os defenderassim - tal e qual?

Para que se não transformem em xerox dos planos conformes, ametralhadoras tecnológicas de velocidade megahertésimal - repetidores disformes dos novos credos tecnológicos e da "verdade" que se impõe de forma GLOBAL?...




Religiões tecnológicas, tecnologias ideológicas, hierofantes poderosos em lobbies sem acabar... falácias de um mundo que morre a cada segundo - que mata a diversidade em prol de uma certa elite sem idade:

cancro nauseabundo - que te prende e tevendo - exportando assim o seu mal;

Esse que dá origem às linhas e curvas em papéis a brincar:

são as vidas de outros seres - são os teus sonhos e os dos que queres - que estão a vender afinal...

vidas e seres - possúidos em contratos assinados em papeís esguios de suaves contornos - cobra voraz...

Linguagem subtil que entrelaça tentáculos mil asfixiando teu ímpetu vital - fazendo do Rei escravo e da sua prole uma corte de gado:

que corre, que muje e contorce - esperando as migalhas na lama dos despojos de bens materiais -




Não o que necessitam para seguir firmes na sua intenção de vogar - para a luz,a vida, o AMAR...

apenas por serem iguais aos que de "cima" despejam na soberba tudo o que o seu triste banquete tem para nos aliciar...

por isso mantêm este ritmo - tu o burro eles o cego - acenando com a cenoura - alegres infelizes que se precipitam para o seu triste final...

mantém este ritmo - suicídio a olhos vistos - mentira velada, verdade calada- de quem não quer mais viver e assim se mata em compulsiva errata que chama de "leis"...

e em si arrasta todo o que neles coniver...





Tu - que despertas - tu que estás alerta... que já sabes onde te querem levar: negros e frios - sem alma:

que anseiam o descanso eterno e se encontram encadeados ao seu próprio mal - de serem perpétuos fantasmas, arrastando correntes - cascas vazias, ocos, sem vida - parasitas vampiros, células de umcancro que já não sabe parar:

ansiando a clemência e buscando com impaciência destruir o nosso jardim sangrando-o gota a gota até esgotar...



Tu que já os viste - que a tua janela interior abriste - e te sabes "guerreiro" da solidez ancestral... do eco das montanhas, das eternas vagas desse outro e grande Mar... das florestas que se não calam, dos ribeiros e dos pássaros que nelas molham suas asas para depois se elevar....

Tu que recordas - as festas das eiras, das sementeiras, das desfolhadas, das vindimas e das páscoas passadas entre os manjares que todos davam para entre todos celebrar...



Tu que recordas o quanto a terra é benfazeja - não aquela que vestiram de negro - com despojos de outrora -cadáveres dos que nem há memória - mas que eles lembram - pois são seus próprios corpos que foram desenterrar...

Trouxeram o ouro negro, cobriram o espaço de vertigem, electrica corrente em redes que afligem - campo de concentração invisível ao teu olhar...

São estes seres - parasitas, fantasmas de um mundo que já não queres - são estes que devemos expurgar...



No som da água da chuva que cai, do vento que sopra livre e se esvai, no eco do teu canto sobre os cumes dos montes altos e o brio dos teus filhos crescendo livres dos atilhos que por dentro os vão esmagar...

Das frias ideologias, das verdades vazias, das ciências oferecidas pelos mesmos que agora nos querem comer...

Chamemos o inimigo pelo nome - saurios que predam a escuridão - desencarnados que procuram com sofreguidão - voltar a caminhar e desgarrar...

Seu mundo se perdeu - mas o seu eco permaneceu... e os seus lacaios encontram na benesse de seus amos novo brio para se entregar, se vender, se corromper... e a todos com eles arrastar...



Ouve! Ainda há tempo! Houve a VOZ DO REI a regressar!

Houve os altos cumes a segredar...

Ouve a terra a tremer preparando o soerguer contra estes frios pés - que invisíveis - ordenam outras para a desbravar...

Ouve - a voz do trovão - que descarrega sua fúria contra o louco que se escondia num vidro oco, pensando que assim ninguém o vê...

Sente - a presença incipiente... eco do rugido premente... que se vai elevando deste chão...

Como os ecos sombrios dos guerreiros vencidos se erguem de novo por ti e por mim - meu irmão...



Chora - pois está chegada a hora - na que veremos a face que nos pretende esmagar...

E todos os que - até agora - se escondiam no escuro com medo - vão agora compreender que o sinal está dado e que é tempo de regressar...

Todos os traidores - que juraram com honra e na honra se perderam: vão regressar...

Todos os que temeram - por inverosímil - o momento, do anuncio deste tempo - todos vão agora acreditar...



E - aqueles que esperavam - mas no silêncio se guardavam... esses vão poder agora despertar...

Erguem-se os novos templos, recordam-se as melodias... os tambores se calam para dar lugar à luz do dia...

o ETERNO regressa ao seu LAR...




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